Atemporais e cobiçados, os ícones da moda sobrevivem incólumes às tendências e às estações e se mantêm firmes e fortes nos closets mais elegantes do planeta.
Malas Monograma, da Louis Vuitton
Antigamente os olhares se voltavam para aqueles privilegiados que nos aeroportos ostentavam poderosas malas e baús com um dos monogramas mais conhecidos, desejados e copiados.
O malletier francês Louis Vuitton viu durante anos suas malas caírem nas graças de aristocratas do século XIX e, mais tarde, de ricos turistas. A marca, criada em 1834 por Louis Vuitton, logo se tornou símbolo de exclusividade, status que mantém até os dias de hoje. Com lojas espalhadas pelo mundo todo, elaborou novas padronagens com o mesmo poder de sedução, mas o monograma continua imbatível.
Casaco de Tweed, da Chanel
Não importa a tendência nem a temporada, o casaco de tweed da Chanel é referência e está sempre presente nas coleções da marca.
A produção proposta por Coco Chanel – o casaquinho no padrão tweed com saia reta e um colar de pérolas – é a imagem mais clássica entre as criações da estilista. Usá-la significa uma combinação de charme e elegância que as francesas têm de sobra.
Criado em 1924 e inspirado nos uniformes militares, essa peça faz um tremendo sucesso e é até hoje um símbolo de sofisticação, bom gosto e atitude.
Smoking Feminino, de Yves Saint Laurent
Ser sexy não significa necessariamente usar roupas insinuantes, coladas no corpo, nem decotes profundos, deixando tudo à mostra. Uma mulher pode ser sexy vestindo um smoking, símbolo da elegância masculina?
Se o modelo for o tuxedo que Yves Saint Laurent criou em 1966, então a reposta é sim. A intenção do estilista francês era simples: rejuvenescer a silhueta feminina propondo um novo jeito de se vestir, inspirado na alfaiataria masculina. Assim, Saint Laurent mostrou que ousadia também é fashion e que o guarda-roupa masculino tem pérolas surpreendentes a nos oferecer.
Trench Coat, da Burberry
Legítimo produto britânico, esta capa de chuva feita de gabardine com forro xadrez e à prova de vento foi criada em 1895 pelo inglês Thomas Burberry e usada pelos soldados de sua majestade na Primeira Guerra Mundial. Mas foi em Hollywood que o trench coat se popularizou e ganhou status de cool.
Afinal, na pele de atores como Humphrey Bogart, Cary Grant ou Frank Sinatra, o trench trouxe, além da elegância, mistério aos personagens. Nada mais natural, então, do que vê-lo transformar-se numa peça imprescindível em qualquer guarda-roupa chique até os dias atuais.
Bolsa Kelly, da Hermès
Se existe um mito em torno de uma grife ou um acessório, é a Kelly bag.
A bolsa de couro em formato de trapézio e com alça curta e fecho de metal foi criada em
1935 pela grife francesa Hermès. Em 1955, porém, foi batizada como Kelly por ter sido a preferida da princesa Grace Kelly, na época do seu noivado com o príncipe de Mônaco.
Discreta para um membro da realeza, mas soberana nas oscilações sazonais das tendências, a importância da Kelly já foi citada em diversos episódios de Sex and the City. Cobiçada por muitos – pasme, são três meses de espera para conseguir comprar uma! –, a bolsa é um must.
Óculos Aviator, da Ray-Ban
Uma das maiores e mais divertidas competições foi estabelecida pelos aficionados de óculos de sol nos anos 1980. Qual o modelo best-seller?
Ancoradas no sucesso de filmes, as versões wayfarer e aviator ficaram entre os finalistas. Uma das razões é que Jack Nicholson eternizou o primeiro e Tom Cruise, o segundo. Com o filme Top Gun(1986), a popularidade do aviator voltou a ameaçar o wayfarer, óculos favoritos em Hollywood.
Desenvolvidos em 1930 pela Força Aérea Americana para proteger os aviadores dos raios de sol, o aviator só aterrissou nas lojas em 1937. E nunca deixou as vitrines.
Camisa Pólo, da Lacoste
Apelidado de crocodilo pelos amigos, o tenista francês René Lacoste criou a grife em 1933. E o seu símbolo não podia ser outro: um crocodilo verde bordado no lado esquerdo do peito. O que ele mal sabia era que o pequeno jacaré seria cultuado no universo fashion por homens e mulheres.
A Lacoste foi a primeira marca esportiva que ganhou status no mundo da moda. Mas, quando a febre do streetwear invadiu as passarelas, nos anos 90, a pólo francesa virou peça de colecionador. Para o verdadeiro adorador da grife uma pólo só não basta. Em seu guarda-roupa habitam todas as variações de cores, devidamente dobradas e empilhadas, como um arco-íris.
Jeans 501, da Levi’s
Nos anos 60 e 70 foi símbolo de protesto e hoje um número sem fim de marcas compete para lançar o modelo mais cool. Sim, o jeans virou cult. Passou de uniforme de operário a look casual dos grandes astros de Hollywood, hoje é peça-chave nos guarda-roupas antenados.
Na ficção, foi James Dean quem melhor usou o jeans no dia-a-dia. Já na vida real, Levi Strauss, seu criador. Em 1874 esse alemão aperfeiçou o blue jeans, calças utilitárias de denim e, sem saber, criou um novo jeito de se vestir. Com sua inconfundível etiqueta vermelha – red tag –, o modelo 501 se tornou o grande clássico no jeanswear.
T-shirt, da Hering
A camiseta, por sua praticidade e versatilidade, agrada modernos, clássicos, despojados e elegantes. Não há quem não tenha pelo menos alguns exemplares no guarda-roupa.
A famosa T (como é chamada pelos americanos, seus criadores) nasceu em 1942, desenvolvida pela US Navy para os soldados, em guerra, se protegerem do frio. Ao longo dos anos foi usada pelos preppies (jovens bem-comportados) por baixo da camisa, pelos greasers (do filmeGrease) com as mangas enroladas, e pelos hippies, com tingimento tye-die. Supercasual, é o que os fashionistas chamam de must-have: essencialmente básica, mas elegante.