terça-feira, 4 de novembro de 2008

Artista faz performance nu até dia 16 na Bienal
GUSTAVO MARTINSe da redação

O artista Maurício Ianês faz sua performance "A Bondade de Estranhos" até dia 16 na Bienal
VEJA A PROGRAMAÇÂO DA BIENALCompletamente nu, Maurício Ianês começou às 10h desta terça-feira a performance "A Bondade de Estranhos", no terceiro andar da 28ª Bienal de São Paulo. Parte da programação do evento, o artista se propõe a viver no pavilhão da Bienal até domingo, dia 16, vivendo apenas de doações que receber do público.Causando grande curiosidade entre o público que chegava à exposição na manhã de hoje e acompanhado por um pequeno grupo repórteres e fotógrafos, Ianês iniciou sua performance em pé de costas para uma das paredes próximas à rampa que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde está reunida a maioria das obras desta edição da Bienal. Por volta das 10h35 o artista recebeu a primeira doação de um dos visitantes, uma garrafa de água que lhe foi entregue por Mateus Furlanetto. "Quis dar a água pois ela é vital", explicou Furlanetto, que disse já esperar pela performance e que gostou muito da atitude por provocar o envolvimento do público que mais tarde entregou a Ianês uma caixinha de balas "Tic Tac".Pouco depois, por volta das 10h40, o artista recebeu uma outra doação, desta vez uma camiseta, entregue pelo estudante de artes visuais e cobrador de ônibus Marcus Cristian. "Gostei muito da performance, mas não pensei que me chocaria tanto ao ver o artista pelado", explicou o visitante que deu a primeira roupa ao performer. "Acho que o ser humano tem que propor atos de bontade", completou Cristian.A performance de Ianês seguirá até o dia 16, domingo, e estabelece algumas regras. Ao longo desse período, o artista não vai se comunicar com ninguém e não poderá aceitar doações de conhecidos ou de funcionários da Bienal. O artista deverá também dormir durante esse tempo no próprio prédio da exposição e tomar banho no vestiário do pavilhão.

Um comentário:

VAIDADE BY MILLA disse...

O nú por sí já é uma arte, pois o próprio Deus na criação assim o fez, sem ropupas sem adereço a maior de suas obras, o homem.
Nese tocante a vaidade está intrísseca nas formas do corpo que pelo próprio ato de as querer mostra, é também vaidade.